Orações
Triunfo e honra da Igreja, como previsto em La Salette ‒ Beata Elizabeth Canori Mora 4
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A Beata Elisabeth menina |
Continuação do post anteriorAs semelhanças com os trágicos anúncios de Nossa Senhora em La Salette e Fátima estendem-se além dos castigos.
Ante o olhar da Bem-aventurada, Deus expôs em muitas ocasiões uma maravilhosa restauração futura da Igreja. Essas revelações ilustram magnificamente aspectos do que há de ser o triunfo do Imaculado Coração de Maria.
Na mesma visão de 29-6-1820, após as purificadoras punições descritas, a Beata Elizabeth viu São Pedro retornar do Céu num majestoso trono pontifical.
Logo a seguir, desceu com grande pompa o Apóstolo São Paulo.
Ele “percorria todo o mundo e algemava aqueles malignos espíritos infernais, e os conduzia diante do Santo Apóstolo São Pedro, o qual, com uma ordem cheia de autoridade, voltava a confiná-los nas tenebrosas cavernas das quais tinham saído [...]. Nesse momento viu-se aparecer sobre a terra um belo resplendor, que anunciava a reconciliação de Deus com os homens”.
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São Paulo |
A pequena grei dos católicos fiéis, refugiada sob as árvores com forma de Cruz, foi então conduzida aos pés do trono de São Pedro.
“O santo escolheu o novo Pontífice — acrescenta a vidente —, toda a Igreja foi reordenada segundo os verdadeiros ditames do Santo Evangelho; foram restabelecidas as ordens religiosas, e todas as casas dos cristãos tornaram-se outras tantas casas penetradas de religião; tão grande era o fervor e o zelo pela glória de Deus, que tudo era ordenado em função do amor de Deus e do próximo. Desta maneira tomou corpo num momento o triunfo, a glória e a honra da Igreja Católica: Ela era aclamada por todos, estimada por todos, venerada por todos, todos decidiram segui-la, reconhecendo o Vigário de Cristo, o Sumo Pontífice”.
A restauração da Igreja e as “cinco heresias que infeccionam o mundo”
Disse-lhe Nosso Senhor em inícios de 1821:
“Eu reformarei meu povo e a minha Igreja. Mandarei sacerdotes zelosos para pregar minha Fé, formarei um novo apostolado, enviarei o Divino Espírito Santo a renovar a Terra. Reformarei as ordens religiosas por meio de novos reformadores santos e doutos. Todos possuirão o espírito de meu dileto filho Inácio de Loyola. Darei um novo Pastor à minha Igreja, douto, santo, repleto do meu Espírito. Com santo zelo reformará a grei de Jesus Cristo”.
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Urna com os restos da Beata, igreja de San Carlino, Roma |
E acrescenta:
“Ele me fez conhecer muitas outras coisas concernentes a esta reforma. Vários soberanos sustentarão a Igreja Católica e serão verdadeiros católicos, depositando seus cetros e coroas aos pés do Santo Padre, Vigário de Jesus Cristo. Vários reinos abandonarão os seus erros e voltarão ao seio da Fé católica. Povos inteiros converter-se-ão e reconhecerão como religião verdadeira a Fé de Jesus Cristo”.
Deus lhe fez ver várias vezes uma esplendorosa nave nova, símbolo da Igreja restaurada, que estava sendo armada pelos anjos.
Também, em 10-1-1824, mostrou-lhe o principal obstáculo para a conclusão dessa nave. Ela viu cinco árvores de desmesurado tamanho:
“Observei que essas cinco árvores com suas raízes alimentavam e produziam um emaranhadíssimo bosque de milhões de plantas estéreis e selváticas”.
Deus lhe fez entender que essas cinco enigmáticas árvores simbolizavam “as cinco heresias que infeccionam o mundo nos nossos tempos”.
Falsas máximas e os erros espalhados pela Rússia e pelo modernismo
Em 22-1-1824, a Bem-aventurada Elizabeth conheceu que aquele bosque amaldiçoado representava um número incontável de almas, as quais,
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Objetos pessoais da Bem-aventurada |
“porque têm consciência depravada, podem ser chamadas de sem-fé, sem-religião, porque pensam em tudo, menos naquilo que todo bom católico é obrigado a pensar, porque fazem tudo, menos aquilo que devem fazer. [...] Estas míseras plantas são tidas pelo divino Senhor não somente em conta de estéreis, mas de nocivas e péssimas, que merecem ser jogadas no fogo eterno”.
A vidente ouviu que as cinco aludidas heresias se identificavam com as “falsas máximas da filosofia de nosso tempo”. Máximas essas que, segundo ela, estavam no cerne dos movimentos revolucionários da sua época, inspirados no espírito e nas doutrinas da Revolução Francesa. Tais máximas orientavam a conjuração que subvertia a Igreja e a ordem sócio-política.
Apresenta-se ainda aqui mais uma relação com a mensagem de Fátima. Pois nesta, Nossa Senhora apontou a difusão dos erros da Rússia — isto é, o comunismo — como um dos castigos que viriam se o mundo não se emendasse.
Ora, os erros comunistas — inclusive nas formulações mais atualizadas da chamada Internacional Rebelde22, analisada em vários artigos desta revista — são conseqüência necessária e direta das “falsas máximas” que a Bem-aventurada. Elizabeth apontou insistentemente como cerne do processo de subversão do orbe católico.
Podemos, pois, ver nessas imagens e expressões uma alusão à Revolução anticristã, tão sábia e penetrantemente denunciada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em suas obras.
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Antiga gravura, com hábito de terceira trinitária |
A Bem-aventurada Elizabeth fechou os olhos para esta Terra em 5-2-1825, quase um século antes da gloriosa manifestação de Nossa Senhora em Fátima.
Entretanto, suas visões e revelações — das quais demos aqui apenas algumas amostras — parecem destinadas especialmente para o conhecimento de nossos contemporâneos.
Elas patenteiam o grandioso desígnio divino que sobrepaira a História. Pois mostram que o plano do Reino de Maria — como profetizado em Fátima — é como um imenso palácio que a Divina Providência vem preparando há séculos. E cujo acabamento ultrapassará toda especulação humana.
Por tudo isso, as visões e revelações da Bem-aventurada Elizabeth Canori Mora reforçam ainda mais a idéia da centralidade da mensagem de Fátima e a certeza do cumprimento o anúncio de Nossa Senhora em La Salette de um triunfo vindouro da Igreja, confirmado posteriormente aos três pastorinhos em 1917:
“Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!” Fim da série
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