O grande mal na Igreja. Sacrifício da Beata Isabel Canori Mora pelo Papado 1
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O grande mal na Igreja. Sacrifício da Beata Isabel Canori Mora pelo Papado 1


Bem-aventurada Elizabeth Canori Mora (1774–1825)
Bem-aventurada Isabel Canori Mora (1774–1825)
A Bem-aventurada Isabel Canori Mora (1774–1825) foi uma leiga romana beneficiada com extraordinários fenômenos místicos.

Em 1996, a Libreria Editrice Vaticana, com o Imprimatur da diocese de Roma, editou tais escritos na íntegra, seguindo a ortografia e a gramática italiana moderna (La mia vita nel Cuore della Trinità — Diario della Beata Elisabetta Canori Mora, sposa e madre, Libreria Editrice Vaticana, 1996, 765 pp. Imprimatur do Vicariato de Roma, Pe. Luigi Moretti, secretário-geral, 31-8-1995).

Tivemos também ocasião de compulsar o seu Diário Espiritual, escrito por ordem de seus confessores e preservado na igreja de San Carlo alle Quattro Fontane, em Roma (manuscrito MS —132), dos padres trinitários, numa versão completa xerografada.

O texto completo do Diário está disponível em italiano online em Intratext.
Já tivemos ocasião de tratar de algumas de suas visões e revelações nos posts: “Décadas antes de La Salette, Deus anunciava grandes castigos ‒ Beata Isabel Canori Mora 1”  e “Deus revela a extensão atingida pelo pecado ‒ Beata Elizabeth Canori Mora 2”.


A nota dominante da vida da bem-aventurada foi dada pelo pedido que Deus lhe fez, de oferecer-se como vítima pela preservação do Papado em Roma.

Tal pedido ocorreu no início do pontificado de Leão XII (28.9.1823–10.2.1829), quando a beata teve uma revelação sobre uma futura restauração da Igreja.

Diário espiritual da Bem-aventurada
Diário espiritual da Bem-aventurada
Deus, que costumava falar a ela com uma franqueza inusual sobre o Papado, então lhe fez ver que essa renovação da Igreja não dependia tanto dos ocupantes da Cátedra de Pedro quanto da erradicação dos erros que envenenam a sociedades civil e eclesial.

Esses erros afiguravam-se na visão como cinco imensas árvores que intoxicam e matam espiritualmente grandes multidões de homens.

A indispensável tarefa de erradicação desses erros tem um lado angélico sobrenatural.

Essa visão reveste-se de interesse todo especial para os nossos dias, marcados pelo debate em torno da sucessão pontifícia, quando os efeitos maléficos dos erros simbolizados pelas cinco árvores parecem ter atingido um auge de expansão:




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Quando, afinal, a Igreja será restaurada?

Leão XII (28.9.1823–10.2.1829).  Não basta mudar de Pontífice,  é preciso uma reforma moral da Igreja
Leão XII (28.9.1823–10.2.1829).
Não basta mudar de Pontífice,
é preciso uma reforma moral da Igreja
No dia 10 de janeiro de 1824 minha alma foi admitida para falar familiarmente com meu Deus. Ele se deteve, na sua infinita bondade, para falar com minha pobre alma sobre as circunstâncias de nossa santa religião católica e da Santa Igreja.

Minha alma assim orava a meu Deus pelas necessidades atuais da Santa Igreja:

– “Meu Deus” – dizia – “quando acontecerá que eu possa Vos ver honrado e glorificado por todos os homens como convém? Mas, oh meu Deus, como são poucos os que Vos amam! Oh, como é grande o número dos que Vos desprezam, meu Deus, que grande pena é isto para mim! Acreditava que com esta eleição de um novo Papa [Nota: refere-se à eleição de S.S. Leão XII] a Santa Igreja seria renovada, e que o Cristianismo iria mudar de costumes; mas, pelo que eu vejo, caminhamos de mesmo jeito.”

Diante desta minha insistência, Deus me respondeu assim:

– “Minha filha, não recordas que Eu te disse que a nave era a mesma, e que adiantaria pouco, para os marinheiros da nave, mudar de piloto?”.

Veja vídeo

Nossa Senhora apareceu em La Salette.
Ela chorava pela crise da Igreja e do mundo.
Ela falou para nossos dias.
Ela acenou para a iminência do castigo divino.
O que Ela disse?
Clique e veja excertos do Segredo

Minha alma respondeu:

– “Ah sim, meu Deus, lembro-me que, três dias após a eleição do sumo pontífice Leão, fizestes-me entender bem que a série de perseguições não havia acabado.

“Meu Deus, se a nave será sempre a mesma, nós ficaremos presos aos mesmos males! Ah Senhor, reparai-a Vós, fazei uma nave nova, que nos conduza ao porto da bem-aventurança eterna do Paraíso!

“Sim, meu Deus, peço-Vos esta graça pelos vossos méritos infinitos, sim, não m’a negueis. Vós me tendes prometido ouvir minhas pobres orações. Sim, pela vossa bondade, ouvi-me, então, pois eu Vos rogo por todo o Cristianismo: reponde-nos no bom caminho, Vos rogo, Vos suplico, pelo vosso Sangue Preciosíssimo; para que fabriqueis a nave de nossa salvação!”




E assim ouvi responder:

– “Minha filha, antes de construir essa nave, devem tirar aquelas cinco árvores que estendem suas raízes pela terra”.

Ouvindo estas palavras, minha alma entristeceu muito, achando que demoraria muitíssimo tempo fazer esta nova nave.

Erros simbolizados por árvores maléficas tomaram conta da Igreja
Erros simbolizados por árvores maléficas
infecionaram a Igreja
– “Portanto” – eu dizia chorando – “dois séculos não serão suficientes para fabricar esta nave! Meu Deus, quanta pena isso me causa. Se Noé demorou cem anos para fabricar a Arca, Vós, portanto, oh meu Deus, continuareis a ser ofendido durante um tão longo período de tempo?

“Eu não posso imaginar, eu me sinto desmaiar pela dor. Oh meu Jesus, tirai-me a vida, pois eu não consigo Vos ver de tal maneira ofendido”.

Chorava abundantemente e me sentia esmagada pela grande aflição de espírito; mas, enquanto estava nessa situação aflitiva, ouvi uma voz que dizia:

– “Serena teu espírito, enxuga também tuas lágrimas. Sabe que este não é um trabalho terrestre, como o de Noé, mas é um trabalho celeste, porque os fabricantes desta minha nave são os meus anjos.

“Alegra-te, oh minha filha, amada, e não te entristeças! O tempo está em minhas mãos, posso abreviá-lo quanto quiser; reza, não te canses, que não será tão demorado como tu pensas.”

E minha alma respondeu assim:

Luta entre anjos e demônios.
Luta entre anjos e demônios.
– “Oh meu Deus, quanto me alegrais fazendo-me saber que Vos aprazará abreviar o tempo de vossas misericórdias; venha logo este tempo bendito, oh meu Senhor, para que sejais conhecido, amado e adorado como convém por todos”.

Continua no próximo post





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