Prêmio e promessa da vitória final da Igreja. Sacrifício da Beata Isabel Canori Mora pelo Papado 10
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Prêmio e promessa da vitória final da Igreja. Sacrifício da Beata Isabel Canori Mora pelo Papado 10


[Continuação do post anterior]

A Bem-aventurada frustra a manobra para erradicar o Papado de Roma.

A promessa que me fez meu Deus (...) verificou-se logo. Tendo passado 17 dias desde o início de minha enfermidade, chegaram a Roma as tropas austríacas [para enfrentar] a revolução dos napolitanos.

A terrível seita dos carbonários queria invadir a cidade de Roma para promulgar sua perversa Constituição. Não faltavam partidários em nossa cidade de Roma e em grande número.

Todos eles conspiravam para expulsar o Santo Padre Papa Pio VII, com o malicioso pretexto de guardá-lo em lugar seguro, de medo a uma insurreição popular. (...)

Eles tinham tentado todas as fórmulas para expulsar o Santo Padre de Roma. Tinham lhe incutido muito temor e, com fortíssimos argumentos, o haviam persuadido a partir.

De fato, uma noite tinham atrelado uma carruagem para conduzi-lo a Civitavecchia. Nos dias anteriores haviam preparado toda a equipagem para sua partida, dizendo que de momento o transfeririam a essa cidade.


Mas, se os assuntos de governo andavam mal, posteriormente tê-lo-iam levado a outros lugares. Tudo isto era uma manobra dos próprios sectários que queriam derrubar o Santo Padre.

Junto com sua partida, teriam saído muitos Cardeais, senhores e prelados. Todos já estavam em preparativos para abandonar Roma.

Com este malicioso ardil pretendiam tomar as rédeas do governo de Roma e escravizá-lo à bárbara Constituição. Castigo bem merecido para esta população, por causa de sua grande insubordinação em relação ao governo eclesiástico. (...)


Veja vídeo

Nossa Senhora apareceu em La Salette.
Ela chorava pela crise da Igreja e do mundo.
Ela falou para nossos dias.
Ela acenou para a iminência do castigo divino.
O que Ela disse?
Clique e veja excertos do Segredo

Por meio de divinas ilustrações, eu percebia muito claramente todas essas tramas. (...) Eu disse a meu confessor que visse como dizer ao Santo Padre para não se deixar enganar pelos argumentos dos que o aconselhavam e lhe solicitavam a partida, mas que ficasse em Roma. (...)

Meu pai espiritual respondeu prudentemente que não se podia transmitir essa advertência ao Santo Padre.

O sentimento comum dos políticos era pôr em bom resguardo o Santo Padre, fazendo-o partir de Roma. Portanto, não se teria obtido o desejado. Eu fiquei persuadida desta justa razão.

Ele me disse, porém, que elevasse fervorosas orações ao Senhor, a fim de que iluminasse o Santo Padre sobre o engano, desprezasse os conselhos humanos e decidisse não sair de Roma.

Pio VII, Papa de 1800 a 1823, Jacques-Louis David, 1805
Ouvindo o sábio conselho de meu diretor, pus-me a rezar com todo empenho. (...)

Eis que subitamente Deus concedeu tanta sutileza a minha alma, que ela pôde num instante penetrar no Palácio do Quirinale.

Meu espírito pôde falar livremente, por via da inteligência, e manifestar ao Santo Padre meus sentimentos ditados pelo espírito do Senhor.

E assim lhe fornecer todos os dados que eu acreditava necessários para sua permanência em Roma.

De fato, ele pôs em prática, ponto por ponto, quanto o meu pobre espírito lhe tinha manifestado, não obstante todos os conselhos e grandes argumentos, e a carruagem que já estava atrelada para fazê-lo partir.

Ele abandonou o parecer de todos seus conselheiros e disse-lhes que, em lugar de partir, queria repousar. Que não pretendia partir de modo algum.

Esta deliberação repentina e inesperada do Santo Padre frustrou com um golpe todos os planos já feitos e acertados pelos malignos sectários.

Nasceu neles uma grande confusão. Isto foi um trabalho da graça do Senhor, que os confundiu de tal maneira que as tropas napolitanas, em lugar de avançar contra Roma, como já tinham decidido, ficaram presas do medo.

Precipitadamente abandonaram as próprias fortalezas sem disparar sequer um canhão. Deram-se precipitadamente à fuga.

Percebendo este fato, as tropas austríacas avançaram e, sem disparar um tiro de canhão, sem combater, se apoderaram das fortalezas e marcharam sem obstáculos até Nápoles. (...)

Assim a pobre cidade de Roma ficou livre dessa terrível invasão [págs. 653-659]





Vitória após o castigo universal

Deus me fez conhecer grandes coisas de interesse da Igreja militante. Porém, não através de palavras sensíveis, mas por cognição intelectual e penetração interior, entretanto de um modo bastante mais claro que se me tivesse falado sensivelmente.

Eis suas divinas palavras:

Bem-aventurada Elizabeth Canori Mora (1774–1825)
Beata Isabel Canori Mora (1774–1825)
“Minha dileta filha, tu hás vencido. Teu sacrifício constante e forte fez violência à minha justiça irritada. (...)

“Eu tomo outra determinação. (...) suspendo por agora o severo castigo e dou lugar a minha misericórdia. Minha dileta filha, quero te pagar o que padeceste por meu amor.

“Alegra-te, oh filha, objeto de minhas complacências! O cristianismo não será mais dispersado, nem Roma será privada de possuir o tesouro da Cátedra da verdade infalível da Santa Igreja.

“Eu reformarei meu povo e minha Igreja. Enviarei sacerdotes zelosos para pregar minha Fé. Formarei um novo apostolado. Enviarei meu Divino Espírito Santo para renovar a Terra.

“Reformarei as Ordens religiosas por meio de novos reformadores santos e doutos. Todos possuirão o espírito de meu dileto filho Inácio de Loyola.

“Darei um novo pastor à minha Igreja, douto, santo, repleto de meu espírito. Com seu santo zelo reformará a grei de Jesus Cristo”.

Deu-me a conhecer muitas outras coisas relativas a esta reforma. Vários soberanos sustentarão a Igreja Católica e serão verdadeiros católicos, depositando seus cetros e coroas aos pés do Santo Padre, Vigário de Jesus Cristo.

Vários reinos abandonarão seus erros e voltarão ao seio da Fé católica. Povos inteiros se converterão e reconhecerão como verdadeira religião a Fé de Jesus Cristo.

Naqueles momentos eu podia apontar todas estas coisas com clareza. Mas, (...) em virtude dos justos juízos de Deus, Ele não quer que suas divinas resoluções se tornem públicas.

Desta reforma que está por fazer-se, eu sabia até os mais mínimos pormenores. Ainda quando estava aleitada, eu falava deles com muita clareza com minha filha caçula.

Mas, agora que escrevo, nem eu nem minha filha nos lembramos de mais nada. Porque Deus os apagou de nossa mente. (...)

O que eu posso dizer, sem embargo, é que esta grande Obra não se fará sem uma grande convulsão de todo o mundo, de todos os povos. (...)

Naquele tempo, falando com minha filha, eu dizia:

“Agora o Senhor abriu diante dos olhos de minha mente o livro da Divina Sabedoria, de tal maneira que eu leio o que falo. Mas quando o livro será fechado, eu não poderei te dizer mais nada”.

E de fato o livro foi fechado e eu lhe disse:

“Filha, o livro está fechado. Não posso ler mais nada. Quando o Senhor, pela sua bondade, voltar a abrir para mim o livro da Divina Sabedoria, então, se Deus quiser, voltarei a falar e direi tudo o que Ele quer”. [págs. 671-677]
Fontes: Impresso: —Bem-aventurada Isabel Canori Mora (1774–1825) "La mia vita nel Cuore della Trinità — Diario della Beata Elisabetta Canori Mora, sposa e madre", Libreria Editrice Vaticana, 1996, 765 pp. Imprimatur do Vicariato de Roma, Pe. Luigi Moretti, secretário-geral, 31-8-1995"
Manuscrito: MS 132, igreja de San Carlo alle Quattro Fontane, Roma.
Versão digital: — Intratext. http://www.intratext.com/IXT/ITA1070/.


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