Notre Dame des Eaux, nos fundos do convento de St Gildard, Nevers. Segundo Santa Bernadette era a imagem que mais lhe fazia lembrar as aparições. |
Luis Dufaur |
[Para Santa Bernadette] A devoção à Santíssima Virgem tinha que ser particularmente terna e particularmente filial.
Maria, seu ideal vivo, ocupava em seu coração um lugar muito próximo a Nosso Senhor, declarou sua enfermeira, Soror Marta (...).
Tinha que ouvi-la quando recitava a Ave-Maria! Que acento de piedade, especialmente quando pronunciava as palavras “pobres pecadores”.
Quando dizia “Minha Madre Celestial”, não podia dizer mais.
Alguém se atreveu a perguntar-lhe se a lembrança da aparição se tinha apagado em sua memória.
— “Apagado?” exclamou com tom de censura. “Oh, não, jamais”.
E levando sua mão direita sobre a fronte dizia:
— “Está aqui”.
Teria que fazer-nos, lhe sugeriu uma companheira, uma descrição de como era a Virgem, posto que a senhora sabe como era ela.
—Não poderia nem saberia fazê-lo, foi a única resposta que deu. Eu para mim não necessito. Eu a levo no meu coração.
A devoção mariana encheu, de certo modo, toda a sua vida.
Tinha necessidade de meditar sobre a Virgem. Via Maria em tudo e por tudo, com seu coração e seu entendimento.
Nunca para uma alma religiosa, a oração de simples vista podia ter sido coisa mais desejada.
Quando rezava à Santíssima Virgem, atesta Soror Gonzague Cointe, parecia ainda que a estava vendo.
Quando alguém lhe pedia que alcançasse alguma graça, imediatamente respondia que pediria à Santíssima Virgem.
Arrebatada pelo Cântico dos Cânticos em sua honra, informa um grande servidor de Maria, Soror Maria Bernarda [nome religioso da santa] se comprazia em louvá-la, fazê-la conhecer, amá-la e servir.
Esforçava-se por imitar suas virtudes, especialmente sua humildade e sua renúncia.
Dedicou-se para sua devoção, a compor acrósticos. Encontraram-se oito da própria mão dela, numa folha solta, que tinha esse titulo:Maneira de escrever no seu coração o nome de...
Mortificação,
Amor,
Regularidade,
Inocência
Abandono.
No dia da Assunção, na Capela, a Madre Henri Fabre, que estava situada um pouco distante de Soror Maria Bernarda (nome religioso da santa), de modo que lhe era fácil poder observá-la, contou:
“Às palavras do canto ‘es mi Madre, eu vejo’, eu a vi como se ela tivesse sido arrebatada com comoção e alegria”.
Toda sua vida desfiou o Rosário como tinha feito em Lourdes. O Rosário era sua devoção preferida, disse uma superiora geral.
Mais de uma vez, na enfermaria, a Irmã Gonzague Cointe alternou as Ave-Marias com ela.
Então, recorda essa irmã, os olhos escuros, profundos e brilhantes de Bernadette se tornavam celestes; o espírito contemplava a Virgem; parecia como se estivesse vendo esta.
Pela noite, quando se ia dormir, recomendava a uma companheira:
— “Toma o Rosário e durma rezando. Farás o mesmo que fazem as crianças pequenas que adormecem dizendo ‘mamãe, mamãe’”.
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