Santa Bernadette religiosa em Nevers. [N.R.: nome de religião irmã Marie-Bernard] |
Luis Dufaur |
1868
Irmã Charles Ramillon:
Eu estava presente, um dia, quando uma de nós lhe disse:
“Você contou os segredos de Nossa Senhora à madre superiora?”.
“Não.”
“Nem à mestra das noviças?”
“Nem a ela.”
Então, acrescentei: “Mas, e se o Santo Padre perguntasse quais são esses segredos?”.
Ela respondeu: “Eu pensaria no caso”.
Novembro
Conde Lafond:
Dom Chigi [núncio apostólico na França, ndr.] mandou chamar irmã Marie-Bernard [N.R.: nome de religião de Santa Bernadette] ao parlatório.
“Filhinha”, perguntou a ela, “você não teve medo quando viu Nossa Senhora?”.
“Oh, sim, monsenhor, muito; mas só da primeira vez; depois, era tão bonita!”.
1869
Agosto
Irmã Bernarda Dalias:
Uma palavra dela já fazia o bem. Diante de pessoas que sofriam com a dor, ela dizia: “Vou rezar por vocês”.
Mais de uma vez a surpreendi com o rosto inundado de lágrimas. Eu a interrogava com o olhar:
“Oh”, ela me sussurrava, “rever a gruta, uma vez só que fosse, de noite, sem que ninguém ficasse sabendo...”.
Eu era encarregada de entoar o canto para a oferta da recreação. Irmã Marie-Bernard chegou um dia, depois da oração, e me disse:
“Qualquer hora, cante ‘Com minha mãe estarei’”.
E nisso seus olhos assumiram uma expressão de desejo, de tristeza indefinível, e vi duas lágrimas rolarem...
Bastava ouvi-la dizer, com plena convicção:
“Rezem por mim, pobre pecadora, sobretudo na hora da morte”, para entender que sabia perfeitamente bem que teria de invocar o crédito que a Virgem lhe prometera por sua fidelidade.Irmã Emiliana Robert:
O convento de Nevers visto desde o jardim interno
Falava sobre nós nos corrigirmos dos nossos defeitos, e eu lhe disse que isso é difícil. Ela então arregalou os olhos e me respondeu vivamente:
“Mas, como?! Receber com tanta frequência o pão dos fortes e não ser mais corajosa!”.
Outubro
Conde Lafond:
O abade de M. lhe disse, na minha presença, que estava chegando de Lourdes e havia encontrado o padre Hermann e o senhor Lasserre, ambos agraciados com o dom da visão.
Irmã Marie-Bernard abriu seus grandes olhos, até então abaixados.
“Eu vi”, acrescentou o abade, “a imagem que puseram na gruta. Tem as mãos juntas, deste jeito. Era assim mesmo que Nossa Senhora aparecia?”
“Sim, padre. Mas quando ela me disse: ‘Sou a Imaculada Conceição’, fez assim.”
E fez um gesto de tamanha beleza que nos comovemos até as lágrimas. Parecia que víamos uma cópia viva da Rainha do Céu, quando apareceu sobre a rocha de Massabielle.
Uma senhora de Nevers perguntou um dia a ela:
“Você nunca mais reviu a Virgem depois das dezoito aparições?”.
Duas lágrimas enormes encharcaram suas pálpebras: foi a única resposta.
Irmã Cecília Pagès:
Eu dizia a irmã Marie-Bernard que muitas pessoas eram curadas pela água de Lourdes, depois de uma novena.
“Oh”, ela disse, “talvez Nossa Senhora queira que rezem bastante. Houve uma pessoa que só foi curada depois de nove novenas”.
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