São João Bosco“Um fato certo e maravilhoso confirmado por milhares de pessoas que, todas elas, podem certificá-lo ainda hoje, é a aparição da Santa Virgem em 19 de setembro de 1846. Esta Mãe cheia de amor mostrou-se sob a forma de uma bela dama a duas crianças. [...] Ela revelou-se sobre uma montanha da cadeia dos Alpes, [...] pelo bem da França [...] e do mundo inteiro. Fez isso para advertir que a cólera de seu Divino Filho está acesa contra os homens, especialmente por três pecados: a blasfêmia, a profanação do domingo e dos dias de santo de guarda e a transgressão das leis da abstinência.
“Fatos prodigiosos vieram confirmar esta aparição, registrados em documentos públicos ou atestados por pessoas cuja sinceridade e fé excluem toda possibilidade de dúvida sobre o caso. Esses fatos são preciosos para confirmar a adesão dos bons à Religião e para refutar aqueles que, talvez por ignorância, pretendem limitar o poder e a misericórdia de Deus, dizendo que já não é mais tempo de milagres.
“Jesus prometeu que na sua Igreja haveria milagres maiores que os que Ele próprio operou. Ele não limitou o número nem os tempos em que esses milagres seriam praticados, de maneira que, enquanto existir a Igreja, veremos sempre a mão do Senhor manifestando seu poder, através de fatos prodigiosos (...). Mas esses sinais sensíveis da onipotência divina são sempre presságio de fatos graves que manifestam, seja a misericórdia e a bondade de Deus, seja sua justiça e sua indignação. Tudo isso sempre para sua maior glória e para o maior bem das almas.
“Procedamos então de maneira que eles sejam para nós uma fonte de graças e bênçãos, contribuindo a excitar em nós uma fé viva, ativa, que nos leve a fazer o bem e a evitar o mal, a fim de nos tornarmos dignos da infinita misericórdia durante o tempo e na eternidade”.
O célebre Cura de Ars, São João Maria Vianney (1786-1859), foi ordenado sacerdote na catedral de Grenoble, diocese da maravilhosa aparição. Ele foi acusado pelas maledicências de ser contra La Salette, sofrendo também análogas .“Ars, 5 de dezembro de 1850
“Monsenhor,
“Tenho uma grande confiança em Nossa Senhora de La Salette. Faço vir água da fonte. Abençôo e distribuo grande quantidade de medalhas e imagens representando esse fato. Distribuo pedacinhos da pedra sobre a qual a Santa Virgem teria sentado.
“Levo um pedaço continuamente comigo e até o fiz colocar num relicário. Falo muito freqüentemente do fato na igreja
“Parece-me, Monsenhor, que há poucos sacerdotes em vossa diocese que tenham feito tanto quanto eu por La Salette”.