La Salette: vista panorâmica desde o local da aparição |
Luis Dufaur Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
“A Santa Virgem pronunciava todas as palavras, seja dos segredos, seja das regras. Eu só teria podido adivinhar ou penetrar no resto do que Ela dizia com palavras, porque um grande véu tinha sido levantado.“Os acontecimentos se desvendavam ante meus olhos e minha imaginação, è medida que Ela pronunciava cada palavra. E uma grande cena acontecia diante de mim.
Santuário de La Salette envolvido por nuvens
“Eu via os acontecimentos, as mudanças de atitude na Terra, via Deus imutável na sua glória olhando para a Virgem, que se abaixava para falar a dois pastores. (...)
“Essas pessoas que dizem que a Santíssima Virgem não fala tanto, fariam bem em compreender – e teriam compreendido melhor do que ensinam os livros, se é que eles ensinam – que as palavras do Céu não são somente palavras.
“Quer dizer, a pessoa que as escuta não fica na letra, na palavra, mas cada palavra se desenvolve. E que a ação futura tem lugar no momento, (...)“entra-se no espírito das cenas que são expostas. Se é um quadro triste, fica-se triste, se é alegre, sente-se alegria. Vêm-se os complôs que se fazem.
Na hora da despedida: Nossa Senhora sobe ao Céu
“Vêm-se os reis da Terra, cada um dos quais tem vários anjos da guarda. A gente os vê se agitar, fazer, desfazer.
“Vê-se a inveja de uns, a ambição de outros, etc., etc. E tudo isso numa só palavra que escapava dos lábios d’Aquela que faz tremer o inferno, a Virgem Maria”.
“Nossas redações, por assim dizer, exprimem muito e ao mesmo tempo muito pouco. É impossível dizer tudo. (...)
“Sou uma grande ignorante, mas se fosse uma letrada das mais sábias, não poderia escrever nada das coisas do alto, porque as expressões dos grandes sábios não chegam à sombra da verdade das expressões usadas lá em cima para se falar.
“A linguagem intuitiva e imediata de lá é um movimento de alma, anelos de alma, impulsos de alma, e os olhos vivos da alma se compreendem”.
E acrescentou: “Eu via o mundo inteiro, eu via o olho do Eterno. Era um quadro em ação. Eu via o sangue dos que eram mortos e o sangue dos mártires”.