Milagre de Lourdes: é no que faz pensar mais uma cura surpreendente
Antonietta Raco, entra caminhando no hospital para análises relacionados com sua inexplicável cura
No dia 1º de agosto do mês em curso, Antonia Raco, 50, dona de casa de Francavilla sul Sinni, na proximidade de Turim, estava doente de esclerose lateral amiotrófica.
Trata-se de uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração das células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos. Antonietta andava de cadeira de rodas.
Ela foi a Lourdes esperançosa no milagre.
Na hora de tomar o banho na água de gruta sentiu uma voz que lhe dizia: “Não temas”.
A doença foi diagnosticada em 2004 e desde 2006 já não caminhava mais. Porém, no dia 5 de agosto, voltando de Lourdes, retomou todas atividades normais que a doença lhe impedia realizar.
“Eu prefiro falar de dom, de graça e não de milagre”, diz prudentemente Da. Antonia que se declara disposta a todos os exames necessários par confirmar o caráter miraculoso da cura.
Hospital Universitário Molinette de Turim
O neurologista Adriano Chiò, do Hospital Molinette, o maior de Turim, declara que a cura “não é explicável cientificamente com os meios de que disponho”.
O fato foi largamente noticiado por órgãos da imprensa italiana, como os diários de Milão “Il Giornale” e “Il Corriere della Sera”, ou da Internet como o diário digital “El Imparcial” de Madri.
O Dr. Chiò que acompanha o caso da senhora desde 2006, acrescentou para “Il Giornale”:
“No mês de junho, quando visitei a senhora, ela não tinha condições de caminhar, mas apenas de se levantar da cadeira de rodas e ficar em pé com um apóio. Agora caminha normalmente sem se cansar. Ficou-lhe apenas uma ligeira moléstia na perna esquerda, onde começou a se manifestar a doença.
Dr. Adriano Chiò, neurologista do Hospital Molinnete que trata Da. Antonietta.
“Jamais vi um caso do gênero em doentes de esclerose lateral amiotrófica. O diagnóstico era inequívoco: ela tinha uma forma da doença de evolução lenta.
“É uma doença que pode diminuir de velocidade e, no máximo parar, mas não acreditamos possível que melhore, porque atinge os neurônios irreversivelmente”.
“O que nos temos visto por agora é uma regressão da doença, coisa que cientificamente nós acreditamos impossível em pacientes atingidos pela esclerose lateral amiotrófica”.
Do mesmo modo que a paciente, o neurologista evita o termo “milagre” aguardando novos exames. “Disso, esclareceu, se ocupam as autoridades eclesiásticas”.
De fato, a Igreja, com muita sabedoria, instituiu um famoso Bureau Médico e a Comissão Médica Internacional de Lourdes (CMIL) que recolhem todos os dados do suposto milagre e os submetem a um longo e exaustivo processo de crítica e revisão por equipes médicas nacionais e internacionais.
Embora os critérios sejam exigentíssimos, o Bureau Médico e a CMIL já constataram cientificamente mais de 4.000 curas inexplicáveis pela medicina.
Corresponde aos bispos diocesanos do miraculado decidir se procedem ou não à proclamação canônica do milagre.
Com este procedimento toda chicana fica afastada. Esperamos que Antonieta Raco inicie um processo desses. Chegando ele a bom fim, será mais um dos milagres constatados de modo incontrovertível e deslumbrante, que Nossa Senhora pratica a mãos cheias em Lourdes.
Da. Antonietta está certa do milagre. Ela assim o descreve:
“Na água senti uma voz que me dizia de ter coragem. Era como se houvesse alguém me erguesse, compreendi que estava acontecendo algo”.
De volta à sua casa, no dia 5 de agosto, voltou a ouvir a voz: “conta a teu marido. Então diante dele eu me levantei, di uma meia volta e fui a seu encontro”. “Agora caminho, nunca estou cansada e não sinto dores”, acrescentou.
Antonietta segue sendo observada pelo departamento de neurologia do Hospital Molinette, onde todo ano são tratados 250 pacientes de esclerose lateral amiotrófica, que vêm da Itália toda e do exterior.
Veja e ouça Da. Antonietta Raco contando o acontecido (em italiano):
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